sexta-feira, 7 de junho de 2013


Ela não é companheira. Não te acolhe nas piores alturas. Não te carrega quando estás em baixo. Apenas pisa e repisa as dores que tens no corpo e na alma. Reflecte no espelho as olheiras e o cansaço de uma vida inteira nas costas. Ela não sorri, ela não acompanha. É a dor de uma noite mal dormida. É a ferida aberta que nunca mais há-de curar. E é esguia. Joga às escondidas e ganha sempre. Sabe jogar a maldita!
E nisto, não sei se sabes, ela tem amigos aliados dessa doença profunda. E esses amigos são ainda piores que ela. Esses tais amigos são contagiosos, perigosos e são aqueles que tu chamas de Amigos. A amizade é perigosa pois “diz-me com quem andas, e eu dir-te-ei quem és.”

A infelicidade disto tudo é a incapacidade que tu tens de não saber controlá-la. Mas até certo ponto compreendo-te. Ela, e os seus amigos, sussurram-te ao ouvido as coisas belas da Vida. O triste é que tu nesse momento não te lembres que o caminho que vais percorrer termina num vale escuro e sombrio, onde o sol só surge quando o amor que tens guardado dentro de Ti, aquece-te o coração.

 

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