sábado, 18 de maio de 2013

A felicidade, apesar de singular, só existe no plural. A felicidade exige partilha. A felicidade é, também, a partilha da felicidade. A partilha é uma forma de felicidade. A felicidade exige companhia dentro. Companhia tão dentro que tem de vir para fora: que tem de arrebatar o fora. A felicidade é um vírus que não passa: uma contaminação devassa. A felicidade tem de ter fantasia. A felicidade tem de ter tudo, tem de ser tudo. Até porque a felicidade é, também, a perfeita sensação de que nada falta, de que tudo está. A felicidade é estar tudo. A felicidade é estares tudo. E é tudo. A felicidade que vale a pena é a conquistada. A felicidade verdadeira não se merece – conquista-se. A felicidade verdadeira é felicidade, sim – mas é, mais ainda, verdade.
 
Pedro Chagas Freitas

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