sábado, 23 de fevereiro de 2013

#6

morre-se nada
quando chega a vez

é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos

morre-se tudo
quando não é o justo momento

e não é nunca
esse momento



Horário do Fim, Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"


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