quinta-feira, 5 de julho de 2012


Apesar de tudo, das dificuldades, dos obstáculos e da tua própria resistência, fizeste o que devia ser feito. Apesar da tristeza. Sobretudo, apesar da tristeza. Fizeste o que tinhas de fazer para voltar à tua frequência original, para voltar ao teu elemento, para voltar a ti. Porque uma pessoa que não está na sua frequência, que não está no seu elemento, está descentrada, não se foca no seu centro energético e humanamente pára de viver. Porque a vida é uma aventura, mas só para quem consegue viver dentro de si próprio. Até pode ir aos outros, até pode sair de si e voltar. Tem que gostar do que encontra. Porque se não gostar, não quererá ficar aí. E quem não quer ficar, foge. E foge para fora. Para os outros. Para as coisas da matéria.

Não te esqueças de que a matéria é como um filme. Tem luz e cor. Tem som. Tem movimento. Dentro de ti é escuro, não há movimento e não tem cor. Mas é subtil e brilha. E a subtileza e o brilho são a chave do céu. Sempre que focas a tua atenção para fora de ti, e vais atrás do filme da vida, estás a ir atrás do movimento, da luz e do som, desces à frequência da matéria – que, como nos filmes, é pura ilusão. Cá em cima é que está a verdade. Dentro de ti é que está a verdade. Nesta dimensão, aparentemente escura e pesada, está a chave da tua felicidade. E quando mais tempo passares nela, melhor vais percebê-la e mais valor darás ao brilho e à subtileza. Sabes que a matéria é tudo menos subtil. E daqui a um tempo, quando aprenderes a respeitar essa tua dimensão interior, quando aprenderes a voltar, vais poder começar a ir. Para já, fica. Fica em ti. Escolhe-te a ti em detrimento de tudo o resto. Fica.

Fica. E um dia, à força de tanto te conheceres, de tanto te sentires, vais saber que não há absolutamente mais nenhum lugar para ir.

Alexandre Solnado

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